A ansiedade e a depressão são problemas distintos, cada um com suas características, mas em muitos casos essas duas condições podem acometer uma mesma pessoa. Sabemos que tanto a ansiedade quanto a depressão envolvem comportamentos que atrapalham muito a rotina diária, causando um grande prejuízo social, profissional e nos relacionamentos interpessoais de forma geral.
Quando uma pessoa está deprimida, é porque o cérebro está sofrendo alterações químicas que desencadeiam todos esses sentimentos negativos, e ele vai precisar de ajuda para voltar ao seu funcionamento normal. É normal todo mundo sentir uma vez ou outra sentimentos negativos e desânimo provocando de maneira geral um pouco de tristeza. A diferença é que, quando não há depressão, o cérebro consegue modular e superar essa emoção negativa.
Já quando existe a depressão algumas áreas do cérebro ficam hiperativas e vários neurotransmissores entram em desequilíbrio provocando uma grande alteração nos hormônios dopamina, serotonina, endorfina e ocitocina. Dessa maneira a pessoa não consegue se animar para nada, perdendo o interesse pela vida, trabalho, família, afetando seriamente todo convívio diário, muitas vezes levando ao ato mais extremo que é o suicídio.
Além disso, pessoas que sofrem de depressão e ansiedade excessiva podem desenvolver doenças psicossomáticas, que são desordens emocionais ou psiquiátricas que afetam também o funcionamento dos órgãos do corpo. Esses desajustes provocam muitas queixas físicas, e que podem surgir em diferentes partes do corpo. O surgimento dessas doenças aponta certa complexidade, pois elas podem desencadear dores generalizadas, diarréia ou constipação, tremores das extremidades, manchas na pele, falta de ar, dentre outros sintomas que não podem ser explicados por nenhuma alteração orgânica, já que nos exames de confirmação diagnóstica, não aparece nenhuma doença que cause esses sintomas. Devido a essas características típicas, geralmente os médicos têm muita dificuldade em diagnosticar a causa dessas desordens. Por isso, na maioria dos casos, a orientação é buscar apoio e tratamento para reabilitação mental.
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